Juntei sonhos, desejos, ternura,
juntei todas as carícias,
juntei estrelas e nuvens,
juntei folhas e flores,
juntei música e alegria
e depositei tudo no
BANCO DOS SENTIMENTOSNo banco da Esperança,
seu coração na Gerência,
apliquei amor, carinho, harmonia
para render juros todo dia.
Fui lançando na conta
meu sonho e fantasia.
No sempre de todo tempo,
aos poucos, fui depositando
para render em prazo curto
todo sentimento.
Investi:
dedicação, camaradagem, apoio,
ânimo, afeto, entusiasmo...
Não fiz nenhum saque diário,
deixei tudo aplicado
para geral mais lucro.
Decorrido algum tempo,
fui resgatar minhas aplicações
para alimentar a fome de alegria,
saciar de doçuras a ternura
que estava carente.
Cheguei cedo?
O banco estava fechado.
O gerente deu um desfalque
e fugiu.
Bloquearam meus sonhos,
meus rendimentos e tudo que apliquei
- sumiu.
O susto, a dor e o espanto
seguraram meu pranto.
Com tristeza,
verifiquei que o Banco
- faliu...
(doces palavras de Marieta Grand, em Alma Despida)